A vida não pára!

Agosto 14, 2011

Como não estarei mais em Vancouver, não faz sentido continuar escrevendo por aqui. Não abandonarei este blog. Continuarei a vir aqui para ler e responder comentários.

Mas como agora estou em Londres, de agora em diante escreverei Direto de Londres.

Apareçam por lá!


Não imaginava que fosse ser difícil

Agosto 12, 2011

Após decidirmos ir para Londres, começamos logo a pensar na mudança, a resolver todos os problemas, a fechar todas as contas e compromissos em Vancouver e a pensar no futuro na nova cidade. Não deu muito tempo para pensar sobre deixar a cidade.

Na véspera da minha saída do apartamento, resolvi ir ao cinema para usar um ingresso de graça que tinha.

O apartamento já estava praticamente vazio. Tinha um colchão inflável, uma mesa de centro e as malas que levaria comigo. O resto já tinha ido. A Luiza já estava na Europa.

Escolhi o filme A Árvore da Vida. No Tilsentown, que já não é esse nome mais, mas continuo chamando assim.

Para começar, o filme já é todo cheio de questões existenciais. Te faz pensar bastante.

Quando voltava para casa, o ônibus ainda ia demorar uns 20 minutos. Resolvi andar.

E ali, andando sozinho para casa, passando pelo centro da cidade vazio depois das dez da noite foi que a ficha caiu. Estava indo embora. Estava deixando a cidade que tinha escolhido para viver. Para viver sem pensar em se mudar bor um bom tempo. Um projeto de vida.

Fui andando e olhando para a cidade dando adeus. Relembrando todas as vezes que tinha trabalhando em filmagens por todos os cantos do centro da cidade. Lembrando dos últimos acontecimentos da cidade (o quebra-quebra).

Fiquei triste. Bem triste.

Pela primeira vez sentia a tristeza de deixar aquela cidade.

No dia seguinte entreguei o apartamento e fui para um hotel próximo ao aeroporto. Meu vôo seria na manhã seguinte bem cedo.

Resolvi passar uma mensagem de texto a grande parte dos amigos canadenses e pessoas com que trabalhei dando adeus e dizendo que iria desligar a linha telefônica.

Não esperava a quantidade de respostas carinhosas e de desejos de boa sorte.

Pela segunda vez senti a tristeza de deixar a cidade.


Mais algumas palavras sobre Vancouver

Agosto 12, 2011

Foi tudo muito rápido nas últimas semanas em Vancouver. E um serviço nos ajudou muito a tornar tudo mais rápido ainda. O craigslist.

Já tinha usado o site para procurar emprego e para comprar meu carro. Mas não sabia que iria funcionar tão bem para vender os móveis, o carro e a televisão.

Em menos de duas semanas vendi tudo o que anunciei. Quer dizer, ninguém quis a impressora. Comecei anunciando por 20 dólares. Passei para 15. Para 10. No final dei de presente para o manager do prédio.

Serviu até para me livrar do colchão. Simplesmente anunciei que estava dando para quem quisesse ir pegar. Menos de duas horas depois de anunciado, me telefonaram e no fim do dia o colchão já tinha ido.

Acho que poderia até ter vendido tudo em menos tempo. Mas não conseguiria anunciar e responder aos telefonemas todos sem ficar louco. Além de ter que resolver todos os outros problemas da mudança.

Teve um dia que cai no erro de anunciar o carro e a televisão. Não consegui fazer mais nada nas 4 horas seguintes a não ser atender o telefone. Já não sou muito fã de telefone. Imagina falar com pessoas dos mais diferentes sotaques… sem contar que eu também tenho sotaque e às vezes sotaques diferentes se repelem.

Enfim, se alguém procurar emprego, quiser comprar ou vender algo usado em Vancouver, o craigslist é uma boa ferramenta.

Ps: Não ganhei nada do site para falar bem. Quem dera…